A Educação com Tecnologia Educativa

10-10-2013 21:46

"A maior parte da aprendizagem ocorre fora da sala de aula. A quantidade de informações transmitidas pela imprensa excede, de longe, a quantidade de informações transmitidas pela instrução e textos escolares". McLuhan, in Revolução na Comunicação.

 

Uma das mais interessantes ideias de McLuhan é de que "os meios de comunicação são extensões do homem", como é o uso da internet, video ou qualquer outra tecnologia de apoio ao trabalho docente e, neste sentido, não deixa de ser curioso falar-se em "relações virtuais", atribuindo às máquinas capacidades reais de sentir e pensar através dos seus interlocutores.

Em1964, McLuhan no seu livro Understanding Media, “Os meios de comunicação como extensões do homem” refere:

“Quando o interesse do aluno já estiver focalizado, encontra-se o ponto natural de elucidação de seus problemas e interesses",mais do que o saber livresco, afirma.

 

         McLuhan defende que o estudo deve ser uma atividade divertida, salientando a importancia de haver "aspectos lúdicos da educação". A escola para ele ainda não tinha percebido essa realidade óbvia e completa:

"É ilusório supor que existe qualquer diferença básica entre entretenimento e educação. Sempre foi verdade que tudo o que agrada ensina mais eficazmente".

 

            Em educação especial a realidade de McLuhan ganha real sentido.  Definida pela UNESCO como a área disciplinar que se desvia física ou mentalmente, emocional ou socialmente dos grupos relativamente homogéneos do sistema regular de educação, de modo que é necessário tomar providências especiais para corresponder às suas necessidades.

           O conceito de educação especial e as modalidades de integração foram evoluindo ao longo dos tempos, desde as escolas especiais até à filosofia da inclusão, passando pela integração.  A educação especial é aquela que se destina às crianças com Necessidades Educativas Especiais e actualmente, o modelo comummente aceite de educação especial é o modelo de inclusão, ou como muitos autores dizem, da “escola para todos”. Este modelo pressupõe uma mudança de estruturas, de atitudes e a abertura à comunidade, nomeadamente o estilo de trabalho de alguns professores que deverão reconhecer que cada criança é diferente das outras, têm as suas próprias necessidades e progridem de acordo com as suas possibilidades. A ideia de interligar as Tecnologias da Informação e Comunicação no auxílio à concretização da “escola para todos” é uma realidade incontornável, mais do que isso, as TIC são indispensáveis à inclusão na sociedade de pessoas com necessidades educativas especiais.

            

Professora de Educação Especial, Maria Clara Fonseca. In Tese de Mestrado em Informática Educacional.