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Dia Mundial da Consciencialização do Autismo
20-04-2018 15:23Dia Mundial da Consciencialização do Autismo
02-06-2018 15:17Ação de Sensibilização - "As NEE em Contexto Inclusivo"
Para aceder à apresentação da Sessão, clique aqui.
Realizou-se no dia 22 de abril de 2015 uma Sessão de Sensibilização subordinada ao tema: “As NEE em Contexto Inclusivo” na Sede do Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos – Pinhal Novo – Palmela e contou com a presença dos Coordenadores de Estabelecimento, Coordenadores de Ano e Professora Natividade de Azeredo, em representação da Direção e representante da Educação Especial neste Agrupamento.
A Sessão foi dinamizada pelos Professores do Departamento de Educação Especial, os quais se empenharam na realização de um trabalho de parceria muito profícuo, conseguindo articular de forma coerente as ideias, os documentos e os procedimentos para construir a Escola Inclusiva.
Em jeito de resumo da Sessão, foi importante referir que as NEE decorrem de uma falta de interação entre o indivíduo e o seu meio envolvente em que ocupa lugar de destaque a família e a comunidade educativa. E neste sentido, uma e cada cinco crianças ou seja 20% da população escolar, necessitará, no seu percurso escolar, de alguma forma especial de intervenção. Ter NEE é então precisar de um complemento educativo adicional e/ou diferente daquele que é normalmente praticado nas escolas regulares.
Se queremos caminhar para a Escola Inclusiva, então devemos pensar na Escola Heterogénea/ Diferente /Capacitante, com ambiente educativo estruturado à medida das capacidades dos alunos com NEE.
Importa reter que… A Escola será inclusiva se…
Passarmos do modelo defetológico, centrado no defeito - para o modelo social, centrado no Ambiente Educativo que tem de forçosamente adaptar-se a cada aluno e aí sim, encontramos na Escola para Todos o “lugar de pertença”.
Obrigada a todos pela presença e boa colaboração para esta Sessão.
O Departamento de Educação Especial
O dia dos Amigos
O dia dos Amigos foi lembrado pelos nossos alunos na escola e de uma forma muito doce...
Primeiro pensamos em escrever uma quadra que falasse de amor, carinho, amizade e companheirismo mais ou menos como os lenços dos namorados. e depois organizamos uma sessão de culinária e fizemos muitos beijinhos!
Foi um momento especial e bem docinho! Havemos de repetir, porque não?
Beijinhos para todos!
Receita de beijinhos:
1 lata de leite condensado
150 gr de coco ralado
Junte o leite condensado, o coco num tachinho e vá mexendo sempre até ter envolvido bem os dois ingredientes. Passe o preparado para um prato e comesse a formar bolinhas, fazendo um pouco de massa rolar entre as palmas das mãos e passe as bolinhas por açúcar granulado, coco ralado ou chocolate granulado.
Definição e Enquadramento da Educação Especial
A Educação Especial é um conjunto de recursos específicos, metodologias de ensino, currículos adaptados, apoio de materiais ou de serviços de pessoal docente especializado, que pretende adequar as respostas educativas às necessidades dos alunos e promover o acesso e o sucesso dos alunos elegíveis para a Educação Especial.
A Educação Especial integra um conjunto de procedimentos cujo objetivo é o de promover o acesso e o sucesso educativo de alunos que apresentam limitações significativas na atividade e participação num ou vários domínios da vida, (Aprendizagem e aplicação do conhecimento; Comunicação; Tarefas e exigências gerais; Mobilidade; Auto cuidados; Interações e relacionamentos interpessoais; Áreas principais da vida e Vida comunitária, social e cívica)
A sua aplicação está alicerçada numa lógica de trabalho colaborativo com toda a comunidade educativa, (Direção; diretores de turma; docentes responsáveis por grupo/turma; docentes da disciplina; pais/encarregados de educação; assistentes operacionais; terapeutas e recursos da comunidade).
As medidas previstas no decreto-lei 3/2008 visam criar condições para que alunos com alterações significativas nas funções e estruturas do corpo, na atividade e na participação decorrentes de alterações funcionais e estruturais de caráter permanente de causa “biológica ou congénita que exigem um tratamento significativo e serviços de reabilitação detetados precocemente”, tais como: alterações sensoriais (cegueira ou surdez, autismo, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre outros).
Estes alunos constituem 1,8% da população escolar e são muito exigentes em recursos humanos e materiais especializados.
Para este grupo de alunos o decreto-lei 3/2008 estabelece medidas que visam permitir o acesso e o sucesso educativo dos alunos com NEE elevando o seu nível de participação e as taxas de conclusão do ensino secundário e de acesso ao ensino superior.
Todos os outros necessitam de uma maior qualidade nas respostas educativas existentes no sistema regular de ensino e não medidas de educação especial.
EQUIPA LOCAL DE INTERVENÇÃO (ELI)
De acordo com o Decreto-Lei nº 281/2009, de 6 de outubro, “na sequência dos princípios vertidos na Convenção das Nações Unidas dos Direitos da Criança e no âmbito do Plano de Ação para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade “ é criado o Sistema Nacional de Intervenção Precoce (SNIPI).
O SNIPI resulta de uma atuação coordenada dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Educação e da Saúde.
Ao Ministério da Educação coube:
- a criação e a organização de uma rede de agrupamentos de escolas de referência para a IPI, que integra docentes dessa área de intervenção, pertencentes aos quadros ou contratados pelo Ministério;
- Assegurar, através da rede de agrupamentos de escolas de referência, a articulação com os serviços de Saúde e da Segurança Social;
- Assegurar as medidas educativas previstas no Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) através da intervenção dos docentes da rede de agrupamentos de escolas de referência;
- Assegurar através dos docentes da rede de agrupamentos de escola de referência, a transição das medidas previstas no PIIP para o Programa Educativo Individual (PEI), de acordo com o determinado no artigo nº8 do Decreto-Lei nº 21/2008, de 12 de maio, sempre que a criança frequente a educação Pré-escolar.
Tem como missão garantir a Intervenção Precoce na Infância (IPI), constituindo um conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da ação social.
Este sistema tem como objetivos:
- Assegurar às crianças a proteção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas capacidades;
- Detetar e sinalizar todas as crianças com necessidades de intervenção precoce;
- Intervir junto das crianças e famílias, em função das necessidades identificadas, de modo a prevenir ou reduzir os riscos de atraso de desenvolvimento;
- Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas de segurança social, de saúde e de educação;
- Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte social.
Para o efeito foram criadas Equipas de Intervenção Local (ELI) que visam o apoio a crianças dos 0 aos 6 anos de idade e suas famílias que preencham os critérios de Elegibilidade para o apoio do SNIPI.
in www.eb23-n2-lagos.rcts.pt/.../PRINCIPIOS%20ORIENTADORES%20
A Deficiência
Desde os primórdios sempre existiram pessoas deficientes, mas nem sempre foram tratadas e encaradas da mesma maneira. Nos tempos primitivos, as crianças deficientes eram consideradas um estorvo, sobretudo para os povos nómadas. Os gauleses, por exemplo, sacrificavam as crianças surdas ao Deus Tutátis. No Egipto, o Papiro de Ebers continha já vários textos sobre inúmeras doenças e deficiências físicas e sensoriais. Na Grécia, o pai era o sacerdote do lar e era ele quem decidia sobre a “sorte” da criança deficiente, que poderia ser exposta no campo ou lançada do alto dos rochedos. O Deus grego Asclépios era reconhecido como o Deus da medicina e da cura, e a ele recorriam muitas pessoas deficientes.
Existem registos de agradecimento por curas de surdez, afasia, cegueira e muitas outras doenças. Platão, na sua obra “A República”, e Aristóteles, na sua obra “A Política”, trataram do planeamento das cidades gregas e indicaram as pessoas nascidas “disformes” para eliminação. Em Roma, tal como na Grécia, o pai (o paterfamilias) poderia decidir também sobre a vida do filho deficiente, sendo muito comum a prática do afogamento. Com o Cristianismo surge a compaixão e o amor entre as pessoas. De entre os milagres de Cristo temos em grande número a cura de pessoas com deficiência física, surdos e cegos.
A Idade Média é marcada por posturas contraditórias. A deficiência era encarada como um castigo de Deus. A literatura mostra-nos que os corcundas e os anões serviam para divertimento nos castelos. Os surdos estavam possuídos por maus espíritos, só podiam tomar posse da sua herança se falassem e só podiam casar com a permissão do Papa. Era igualmente comum a morte destas pessoas na fogueira da Inquisição. No século XVI (Idade Moderna), o interesse pela Antiguidade Clássica leva a uma valorização do corpo, sendo a pessoa deficiente alvo de interesse científico. No entanto, a pessoa com deficiência mental ainda era perseguida. No século XVII, Jean-Paul Bonet publica a “Redacção das Letras e Arte de ensinar os Mudos a falar”, uma obra sobre a educação de deficientes auditivos. Nela questionou-se acerca das causas da deficiência auditiva e defendeu que mestre e aluno deveriam actuar a sós num ambiente iluminado. Criticou ainda os métodos violentos da época como a gritaria e o facto de fecharem o aluno surdo em caixas de ressonância. No século XVIII começam a surgir os hospitais e institutos para cegos e surdos. O Abbé de l’Epée foi uma personagem incontornável na história da educação dos surdos, tendo fundado a primeira escola para surdos em Paris e aperfeiçoado a língua de sinais como instrumento de comunicação entre os seus alunos. O século XIX ficou igualmente marcado na história das pessoas com deficiência; não só elas precisavam de hospitais e abrigos como também de cuidados e atenção especializada. Propagam-se os orfanatos, os asilos e os lares para crianças com deficiência física.
O século XX trouxe consigo os avanços tecnológicos, e neste sentido os instrumentos que eram utilizados até então (cadeira de rodas, bengalas…) foram sendo aperfeiçoados. Em 1948 a ONU proclama a “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, e no seu artigo 1.º pode ler-se que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos…”.